Não há ninguém mais infeliz do que a criatura que deseja ser outra coisa que não aquilo que é no corpo e na mente.
Não se pode chegar a parte alguma imitando os outros feito um macaco.
O maior erro que as pessoas cometem ao candidatar-se a um emprego é não serem elas próprias. Em lugar de abrir o coração e falar com toda a franqueza, procuram frequentemente dar as respostas que pensam que a gente deseja.
A história a seguir vale a pena e mostra a importância de ser você mesma,
Vejam a carta a seguir de Maria: “Quando criança, era excessivamente tímida e sensível. Pesava sempre mais que devia e meu rosto fazia-me parecer mais gorda do que era. Minha mãe era uma senhora à moda antiga, que achava tolice fazer com que os vestidos tivessem um aspecto agradável.
Costumava sempre dizer:
‘Largo, será usado; apertado, rasgará?’
E vestia-me de acordo com o ditado.
Nunca ia a festas, nunca me divertia; na escola, jamais participava, como as outras crianças, das atividades ao ar livre nem de jogos esportivos.
Era morbidamente tímida. Sentia-me diferente de todo mundo e completamente indesejável.”
“Cresci e casei com um homem muitos anos mais velho do que eu. Mas não mudei.
A família de meu marido era uma dessas famílias calmas, seguras de si, confiantes.
Os seus membros eram tudo o que eu deveria ter sido, mas não fui.
Procurei, por todos os meios, ser como eles, mas não o consegui.
Todas as tentativas que fizeram para me tirar do casulo não tiveram outro resultado senão tornar-me ainda mais introvertida.
Transformei-me numa criatura nervosa e irritável.
Evitava todos os amigos.
Fiquei tão mal que receava até mesmo o toque da campainha! Era um fracasso.
Sabia que era um fracasso e temia que meu marido o descobrisse.
Assim, sempre que nos achávamos em público, eu procurava mostrar-me alegre e excedia-me em minhas manifestações de exuberância.
Sabia que tinha me excedido e, depois, ficava insatisfeita durante vários dias.
Acabei por considerar-me tão infeliz que já não via razão alguma pela qual devesse prolongar a existência.
E comecei a pensar no suicídio
E o que foi que conseguiu transformar a vida dessa infeliz mulher?
Apenas uma observação ocasional!
“Uma observação ocasional”, “transformou completamente a minha vida. Minha sogra, um dia, falava na maneira como criara os filhos. E disse:
“Acontecesse o que quer que fosse, eu insistia sempre com os meus filhos para que fossem eles mesmos… Para que fossem eles mesmos…”
Foi tal observação que operou o milagre. Num segundo compreendi que trouxera toda aquela infelicidade à minha vida procurando enquadrar-me em uma maneira de ser à qual não me adaptava.
“Mudei da noite para o dia.
Comecei a ser eu mesma.
Procurei estudar a minha própria personalidade.
Descobrir o que eu realmente era.
Examinei os meus pontos fortes.
Aprendi tudo o que pude a respeito de cores e estilos, e comecei a vestir-me do modo que achava que me convinha.
Procurei fazer amigos.
Entrei para uma empresa – uma empresa pequena, a princípio – e fiquei petrificada de medo quando me puseram num projeto. Mas, cada vez que falava, adquiria um pouco mais de confiança.
Demorou um pouco – mas, hoje, sou muito mais feliz do que jamais julguei que fosse possível.
Ao educar os meus próprios filhos, ensinei-lhes sempre a lição que tivera de aprender a custa de tão penosas experiências: ‘Aconteça o que acontecer, sejam sempre vocês mesmos’”
Esse problema de nós querermos ser sempre nós mesmos “é tão velho como a própria história”, diz o dr. James Gordon Gilkey, “e tão universal como a vida humana”.
Esse problema de nós não querermos ser nós mesmos é a fonte que se oculta atrás de muitas neuroses, psicoses e complexos.
Angelo Patri, que escreveu treze livros e milhares de artigos para jornais sobre educação infantil, afirma:
“Não há ninguém mais infeliz do que a criatura que deseja ser outra coisa que não aquilo que é no corpo e na mente.”
“Comparado ao que poderíamos ser, estamos apenas meio despertos” William James
Veja o que disse o poeta Douglas Malloch.
Se você não puder ser um pinheiro
no topo da colina
Seja um arbusto no vale – mas seja
O melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puder ser uma árvore;
Se não puder ser um ramo,
seja um pouco de relva.
E dê alegria a algum caminho;
Se não puder ser almíscar,
seja então apenas uma tília,
Mas a tília mais viva do lago!
Não podemos ser todos capitães:
temos de ser tripulação.
Há alguma coisa para todos nós aqui.
Há grandes obras e outras menores a realizar
E é a próxima tarefa que devemos empreender
Se você não puder ser uma estrada,
seja apenas uma senda.
Se não puder ser sol, seja uma estrela;
Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso
Mas seja o melhor, do que quer que você seja!
Compilado por Haelmo
www.haelmo.com.br
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