AM 0353 – Ninguém quer uma moeda falsa (11-2261)

Não há ninguém mais infeliz do que a criatura que deseja ser outra coisa que não aquilo que é no corpo e na mente.

Não se pode chegar a parte alguma imitando os outros feito um macaco.

O maior erro que as pessoas cometem ao candidatar-se a um emprego é não serem elas próprias. Em lugar de abrir o coração e falar com toda a franqueza, procuram frequentemente dar as respostas que pensam que a gente deseja.

A história a seguir vale a pena e mostra a importância de ser você mesma,

Vejam a carta a seguir de Maria: “Quando criança, era excessivamente tímida e sensível. Pesava sempre mais que devia e meu rosto fazia-me parecer mais gorda do que era. Minha mãe era uma senhora à moda antiga, que achava tolice fazer com que os vestidos tivessem um aspecto agradável.

Costumava sempre dizer:

‘Largo, será usado; apertado, rasgará?’

E vestia-me de acordo com o ditado.

Nunca ia a festas, nunca me divertia; na escola, jamais participava, como as outras crianças, das atividades ao ar livre nem de jogos esportivos.

Era morbidamente tímida. Sentia-me diferente de todo mundo e completamente indesejável.”

“Cresci e casei com um homem muitos anos mais velho do que eu. Mas não mudei.

A família de meu marido era uma dessas famílias calmas, seguras de si, confiantes.

Os seus membros eram tudo o que eu deveria ter sido, mas não fui.

Procurei, por todos os meios, ser como eles, mas não o consegui.

Todas as tentativas que fizeram para me tirar do casulo não tiveram outro resultado senão tornar-me ainda mais introvertida.

Transformei-me numa criatura nervosa e irritável.

Evitava todos os amigos.

Fiquei tão mal que receava até mesmo o toque da campainha! Era um fracasso.

Sabia que era um fracasso e temia que meu marido o descobrisse.

Assim, sempre que nos achávamos em público, eu procurava mostrar-me alegre e excedia-me em minhas manifestações de exuberância.

Sabia que tinha me excedido e, depois, ficava insatisfeita durante vários dias.

Acabei por considerar-me tão infeliz que já não via razão alguma pela qual devesse prolongar a existência.

E comecei a pensar no suicídio

E o que foi que conseguiu transformar a vida dessa infeliz mulher?

Apenas uma observação ocasional!

“Uma observação ocasional”, “transformou completamente a minha vida. Minha sogra, um dia, falava na maneira como criara os filhos. E disse:

“Acontecesse o que quer que fosse, eu insistia sempre com os meus filhos para que fossem eles mesmos… Para que fossem eles mesmos…”

Foi tal observação que operou o milagre. Num segundo compreendi que trouxera toda aquela infelicidade à minha vida procurando enquadrar-me em uma maneira de ser à qual não me adaptava.

“Mudei da noite para o dia.

Comecei a ser eu mesma.

Procurei estudar a minha própria personalidade.

Descobrir o que eu realmente era.

Examinei os meus pontos fortes.

Aprendi tudo o que pude a respeito de cores e estilos, e comecei a vestir-me do modo que achava que me convinha.

Procurei fazer amigos.

Entrei para uma empresa – uma empresa pequena, a princípio – e fiquei petrificada de medo quando me puseram num projeto. Mas, cada vez que falava, adquiria um pouco mais de confiança.

Demorou um pouco – mas, hoje, sou muito mais feliz do que jamais julguei que fosse possível.

Ao educar os meus próprios filhos, ensinei-lhes sempre a lição que tivera de aprender a custa de tão penosas experiências: ‘Aconteça o que acontecer, sejam sempre vocês mesmos’”

Esse problema de nós querermos ser sempre nós mesmos “é tão velho como a própria história”, diz o dr. James Gordon Gilkey, “e tão universal como a vida humana”.

NEURÓTICA

Esse problema de nós não querermos ser nós mesmos é a fonte que se oculta atrás de muitas neuroses, psicoses e complexos.

Angelo Patri (26 de novembro de 1876, Itália, 13 de setembro de 1965

Angelo Patri, que escreveu treze livros e milhares de artigos para jornais sobre educação infantil, afirma:

“Não há ninguém mais infeliz do que a criatura que deseja ser outra coisa que não aquilo que é no corpo e na mente.”

William James (11 de janeiro de 1842, Nova York, 26 de agosto de 1910)

“Comparado ao que poderíamos ser, estamos apenas meio despertos” William James

Douglas Malloch (5 de maio de 1877, Michigan, 2 de julho de 1938)

Veja o que disse o poeta Douglas Malloch.

Se você não puder ser um pinheiro
no topo da colina
Seja um arbusto no vale – mas seja
O melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puder ser uma árvore;

Se não puder ser um ramo,
seja um pouco de relva.
E dê alegria a algum caminho;
Se não puder ser almíscar,
seja então apenas uma tília,
Mas a tília mais viva do lago!

Não podemos ser todos capitães:
temos de ser tripulação.
Há alguma coisa para todos nós aqui.
Há grandes obras e outras menores a realizar
E é a próxima tarefa que devemos empreender

Se você não puder ser uma estrada,
seja apenas uma senda.
Se não puder ser sol, seja uma estrela;
Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso
Mas seja o melhor, do que quer que você seja!

Compilado por Haelmo

www.haelmo.com.br

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Haelmo de Almeida